sábado, 23 de março de 2013

VIGILÂNCIA NA INTERNET: JULIAN ASSANGE É ENTREVISTADO PELA GLOBO NEWS E O ESTADÃO

NOTÍCIAS ENTRELINHAS




Em entrevista concedida ao programa Milênio da Globo News e também ao estadão, o ativista Julian Assange fala sobre liberdade de expressão, privacidade e vigilância na internet. Assange concedeu as entrevistas na embaixada equatoriana em Londres, onde vive asilado desde 2012.

O australiano Julian Assange, fundador do site Wikileaks, a maior fonte de vazamento de documentos secretos na internet, menciona na entrevistas que a CIA utiliza a internet para vigiar os usuários, principalmente, em redes sociais. O australiano informa que em 2013 publicará materiais interessantes sobre o Brasil.

Julian sugere que os internautas utilizem um boa criptografia, pois esta seria uma estratégia para lutar contra as superpotências, uma vez que estas vigiam-nos em qualquer lugar do globo terrestre.

Por fim....ele afirma que a internet trouxe conhecimento e poder, mas abriu espaço para a vigilância.


Confira as entrevistas nos vídeos abaixo.

Entrevista Globo News:


Entrevista concedida ao Estadão:







Por Jamil Chade em 02/02/2013 - O Estado de São Paulo:

LONDRES – A Internet está se transformando no maior instrumento de vigilância já criado e a liberdade que ela representa estaria seriamente ameaçada. A avaliação é de Julian Assange, criador do Wikileaks e que, há sete meses, vive na embaixada do Equador em Londres. Para ele, a web redefiniu as relações de poder no mundo, se transformou no “sistema nervoso central hoje das sociedades” e chega a ser mais determinante que armas. O problema, segundo ele, é que esse poder está agora se virando contra as populações. 

O australiano recebeu a reportagem do Estado para uma entrevista sobre seu livro “Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet”, que está sendo lançado no Brasil nesta semana pela Boitempo Editorial. 

Apesar de aparentar relaxado, não escondia a palidez de sete meses dentro de um escritório. Em junho de 2012, ele optou por pedir asilo ao Equador, diante de sua iminente deportação para a Suécia, onde é acusado de assédio sexual. Segundo ele, sua decisão de pedir refúgio ao governo de Quito tem como meta evitar sua extradição da Suécia para os EUA, onde seria julgado pela difusão de documentos secretos. O Equador lhe concedeu asilo. Mas a polícia britânica indicou que, assim que ele pisar para fora da embaixada em direção ao aeroporto, seria detido. O resultado tem sido um confinamento sem data para acabar. 

Mas essa situação não o deixou menos polêmico. Segundo ele, ao colocar informações em redes sociais, internautas pelo mundo estão fazendo um trabalho de graça para a CIA. “Hoje, o Google sabe mais sobre você que sua mãe”, disse. “Esse é o maior roubo da história”. Assange ainda defendeu seu anfitrião, o presidente equatoriano Rafael Correa, diante de sua ação contra jornais no Equador e que chegou a ser criticado pela ONU. 

Sobre o futuro do Wikileaks, Assange já prometeu que, em 2013, um milhão de novos documentos serão publicados. Ao Estado, ele garantiu: “haverá muita coisa sobre o Brasil””. Ao aparecer para a entrevista, Assange vestia uma camisa da seleção brasileira, num claro esforço de criar simpatia no Brasil e numa operação de imagem cuidadosamente trabalhada. 

Eis os principais trechos da entrevista e as fotos de Joao Castelo Branco, as primeiras publicadas por um jornal brasileiro desde que o australiano pediu asilo ao Equador. 

Chade – A Internet é o símbolo da emancipação para muitos e foi apresentada como a maior revolução já feita. Mas agora o sr. traz a ideia de que há uma contra-ofensiva a isso tudo. O sr. considera que a Internet está em uma encruzilhada ?

Assange – Diferentes tecnologias produzem mais poder para estruturas existentes ou indivíduos e isso tem sido a história do desenvolvimento tecnológico, ao ponto que podemos ver a história da civilização humana como a história do desenvolvimento de diferentes armas de diferentes tipos. Por exemplo, quando rifles, que podiam ser obtidos por pequenos grupos, eram as armas dominantes em seu dia, ou navios de guerra ou bombas atômicas. E isso define a relação de poder entre diferentes grupos de pessoas pelo mundo. Desde 1945, a relação entre as superpotências dominantes tem sido definida por quem tem acesso às armas atômicas. Mas o que ocorre agora é que Internet é tão significativa que está começando a redefinir as relações de força que antes eram definidas pelos diferentes sistemas de armas que um país tinha. Isso porque todas as sociedades que tem qualquer desenvolvimento tecnológico, que são as sociedades influentes, se fundiram totalmente com a Internet. Portanto, não há uma separação entre o que nós pensamos normalmente que é uma sociedade, indivíduos, burocracia, estados e internet. A internet é o alicerce da sociedade, suas artérias, os nervos e está conectando os estados por cima das fronteiras. A Internet é um centro, se não for o centro, da nossa sociedade. Ela está envolvida na forma que uma sociedade se comunica consigo mesmo, como se comunica entre elas. Não é só simplesmente um sistema de armas ou fonte energia. Não é certo pensar como se fosse o sangue da sociedade. É o sistema nervoso central da socidade. Portanto, se há um problema na Internet, há um problema com o sistema nervoso da sociedade. Agora, víamos antes a internet como uma força liberatadora, que garantia às pessoas que não tinham informação com informação e, mais importante ainda, com conhecimento. Conhecimento é poder. Outras coisas tambem são poder. Mas ela deu muito poder a pessoas que antes não tinham poder. E não apenas mudou a relação entre os que tem poder e aquelas que não tem, dando conhecimento àqueles que não tinham conhecimento. Mas também fez todo o sistema funcionar de forma mais inteligente. Todos passaram a poder tomar decisões mais inteligentes e puderam passar a cooperar de forma mais inteligente. Agindo contrário a essa força está a vigilância em massa criada por parte do estado. 

Chade – De que forma estaria ocorrendo essa vigilância em massa? 

Assange – As sociedades se fundiram com a internet, diante do fato de que comunicações entre os indivíduos ocorrem pela Internet, os sistemas de telefone estão na Internet, bancos e transações usam a Internet. Estamos colocando nossos pensamentos mais íntimos na Internet, detalhes de comunicações e mesmo entre marido e muher, nossa posição geográfica. Enfim, tudo está sendo exposto na Internet. Isso signifca que grupos que estão envolvidos em vigilância em massa tem conseguido realizar uma transferencia em massa de conhecimento em sua direção. Os grupos que já tinham muito conhecimento agora tem mais. Esse é o maior roubo que de fato já ocorreu na história. Essa transferência de conhecido, de todas as comunicações interceptadas para agências nacionais de segurança e seus amigos corporativos. A tecnologia está sendo desenvolvida para essa vigilância em massa está sendo vendida por empresas de países, como a França, que vendeu um sistema de vigilância para o regime de Kadafi. Na África do Sul, há um sistema desenhado para gravar de forma permanente todas as ligações que entram e saem do país e as estocam por apenas US$ 10 milhões por ano. Está ficando muito barato. A população mundial dobra a cada 20 anos. O custo de vigilância está caindo pela metade a cada 18 meses. 

Chade – Mas, justamente o sr. citou Kadafi. Muito acreditam que a Primavera Árabe só ocorreu graças à Internet. Não teria sido esse o caso? 

Assange – Há uma série de histórias tradicionais de um longo trabalho de ativistas, de sindicatos e até de clubes de futebol que tiveram um papel importante na Tunísia e no Egito, os Ultras. O que é realmente novo? Bom, algumas coisas: o ativismo pan-arábico é algo novo e potenciado pela web. Diferentes ativistas em diferentes países se conectaram entre si pela web, trocando dicas, identificando quem era bem e quem era mau. O movimento dos Ultras vieram da Itália para os clubes da Tunísia e Egito. Como? Pela Internet. E então há o Wikileaks, jogando muita informação e essa informação então foi atacada pelo regime na Tunísia e depois pelo Egito. Mas também sendo disseminada pelo Egito e Tunisia. Mais importante ainda, essa informação foi disseminada para fora desses países, a tal ponto que ficou difícil para os Estados Unidos e Europa defenderem seus tradicionais aliados. 

Chade – O sr. aponta para o poder de redes como Facebook e Google. Confesso que não tenho certeza que Mark Zuckerberg (criador do Facebook) pensou nisso tudo quando estava criando o site. Como é que se tornaram tão poderosos e como é que são, como o sr. diz, usados contra civis? 

Assange – Google, essencialmente, sabe o que você estava pensando. E sabe também (o que vc pensou) no passado. Porque quando você tem algum pensando sobre algo, quer saber algum detalhe, você busca no Google. Sites que tem Google Adds, que na verdade são todos os sites, registram sua visita. Portanto, Google sabe todos os sites que você visitou, tudo o que você buscou, se você usou gmail ou email. Então ele te conhece melhor que você mesmo. Um exemplo: você sabe o que você buscou há dois dias, há três meses? Não. Mas o Google sabe. Google conhece você melhor que sua mãe. Claro, mas alguém pode dizer: Google só quer vender publicidade. Portanto, quem se importa que eles estejam fazendo isso. Mas, na realidade, todas as agências de inteligência americana e de aplicação da lei tem acesso ao material do Google. Eles acessaram isso em nosso caso. 

Chade – Como fizeram isso? 

Assange – Eles usaram instrumentos como cartas da agência de segurança nacional e mandados para buscar os dados de email das pessoas envolvidas em nossa organização. Isso saiu do Google, da conta do Twitter, onde pessoas entraram para acompanhar a nossa conta. No caso do Facebook, é algo impressionante. As pessoas simplesmente estão fazendo bilhões de centenas de horas de trabalho gratuíto para a CIA. Colocando na rede todos seus amigos, suas relações com eles, seus parentes, relatando o que estão fazendo, dizendo que vi aquela pessoa naquela festa, aquela pessoa naquela loja. É um incrível instrumento de controle. Países como a Islândia tem uma penetração do Facebbok de 88%. Mesmo que você não esteja no Facebook, você pode ter certeza que teu irmão está e está relatando sobre você, ou sua namorada está relatando sobre você. Não há como escapar. Agora, quando uma organização como Facebook diz que as pessoas querem fazer isso… 


                                    Foto: Estadão

Chade – Claro, essa é justamente a minha questão: como o sr. explica que pessoas de diferentes culturas e religiões estão dispostas a revelar suas vidas diante da web? 

Assange – Claro, sobre o que é que você está paranoico. Você pode dizer: bom, estou fazendo isso de forma voluntária e é mais importante estabelecer conexões sociais que se preocupar com um aparato de um estado totalitário. O problema é que isso não é verdade. As pessoas dizem que querem compartilhar algo apenas com meus amigos e amigos de meus amigos, mas não com meus amigos e com a CIA. É uma decepção o que está ocorrendo. As pessoas estão sendo enganadas em desenvolver essa atividade. 

Chade – Entendo esse ponto claramente. Mas estamos vendo também censura na China, no Irã e em Cuba, países que parecem estar de fato mais temerosos da Internet. Isso não mostraria que a web é mais ameaçadora para esses regimes que para os civis? 

Assange – Acho que você não pode generalizar “esses regimes”. Temos de olhar cada um deles de forma apropriada. Pessoas censuram por um motivo. Censuram porque tem medo, ou porque querem ter mais poder. Normalmente, eles querem manter seu poder. Porque o Irã censura?Bom, porque teme que pessoas dentro do Irã sejam influenciadas por material em persa publicado fora do Irã. E quem publica isso? Bom, alguns são de dissidentes genuínos. Mas também há empresas de fachada, criadas pelos israelenses, pelos Estados Unidos. Isso é umm fato. Inclusive pela BBC em Persa. Denunciamnos essas empresas de fachada no Wikileaks e suas estruturas de financiamento, e mesmo empresas israelenses. Agora, é algo saudável que governos estejam temerosos do que as pessoas pensam. Estranhamente, é um sinal otimista que a China, com toda sua censura e vigilância, está com medo ainda do que sua população pense. Por exemplo, a China baniu o Wikileaks em 2007. Pelo que sabemos, foi o primeiro país a banir. Temos tido uma espécie de guerra para superar o firewall chinês. De alguma forma, é um sintoma positivo. 

Chade – Porque? Esse raciocínio não vai contra seu princípio de liberdade no fluxo de informação? 

Assange – Sim. Mas é um bom sintoma. Em um país onde as relações estão tão fiscalizadas e a vigilância está enraizada que o poder não precisa se preocupar com o que as pessoas pensam, esse é o maior problema. 

Chade – Voltando à questão da liberdade do fluxo de informação. Wikileaks teve um imenso impacto em alguns países. Mas há quem ainda questione: bem, os documentos foram obtidos de forma ilegal. Qual sua avaliação sobre esse argumento de que, por eles terem sido obtidos de forma ilegal, não são informações legítimas? 

Assange – Generais não definem a lei. Ou pelo menos não deveriam. Se falamos da situação ameriana, há toda uma série de leis se queremos falar de legislação e foi perfeitamente legal. 

Chade – A obtenção dos documentos ? 

Assange – Sim, a forma que foram obtidos. Militares americanos não tem direitos na lei americana de encobrir crimes. De fato, isso é algo explícito. Não se pode usar apenas a classificação de documentos para manter um crime sigiloso. Mas também podemos dizer: quem é que fez a lei ? Obviamente são os interesses militares. Nós, como editores, temos de levar essas leis à sério? Nós não levamos elas a sério. Quer dizer, é um conflito em relação a onde você estabelece uma linha. Muito foi dito sobre isso e muito do que foi dito está filosoficamente falido. Há uma forma simples de entender. Não é Deus que estipula essa fronteira para todos nós. Diferentes organismos tem diferentes responsabilidades. As vezes, entidades policiais tem a responsabilidade de manter algo secreto. Uma investigação sobre a Máfia, deve ser mantida em sigilo.Outras organizações, como editores e jornais, tem a responsabilidade perante o público, que é de publicar nformação que ajude o público a decidir e entender o mundo. Essas diferentes responsabilidades não devem ser contaminadas uma pela outra. 

Chade – Trazendo esse debate para a América Latina, como o sr. avalia o comportamento de governos diante da Internet e da imprensa em geral ? 

Assange – É bem variado e tem vários problemas. Acho que, comparado com o resto do mundo, comparado com Europa, EUA, Sudeste Asiático, a região está bastante bem.

Chade – Alguns dos críticos apontam para o fato de que o presidente (do Equador) Rafael Correa ataca a imprensa. Como o sr. se sente sobre isso, e porque escolheu essa embaixada (do Equador) para vir ? 

Assange – Pelo amor de Deus. Eles deveriam ser atacados com muita frequência. A primeira responsabilidade da imprensa e em primeiro codifo de ética é acuracy. Tudo começa com você precisando dizer a verdade. Essa precisa ser a primeira coisa. E também ser representativa. Não é porque sua organização é de propriedade de alguma família. Há um grande problema na América Latina com a concentração na mídia. Ainda que, se há seis famílias que controlam 70% da imprensa no Brasil, o problema é muito pior em vários países. Na Suécia, 60% da imprensa é controlado por uma editora. Na Austrália é muito pior, 60% também da imprensa escrita é controlada por Murdoch. Portanto, quando falamos em liberdade de expressão, temos de incluir a liberdade de distribuição, uma distribuição adequada e uma das coisas mais importantes que a Internet nos deu é a liberdade na prática de distribuição, se as pessoas estão interessadas no assunto. Não quer dizer que você pode levar algo a um milhão de pessoas com publicidade. Mas você pode montar um blog e, se as pessoas já estão interessados, podem ler. 

Chade – Uma pergunta pessoal. Para alguns, o sr. é um herói, outros dizem que é um criminoso, uma ameaça internacional, outros dizem que o sr. é um ativista. Em suas próprias palavras, quem é o sr. ? 

Assange – Sou apenas um cara. Todos nós vivemos só uma vez. Todos temos responsabilidades de viver nossas vidas de acordo com nossos princípios e não desperdiçá-las. Eu só estou tentando fazer isso. Não acho que é necessário que me defina. Na verdade, quando as pessoas se definem, na maioria das vezes estão mentindo. Mas, no lugar disso, devem olhar as ações de uma pessoa e ver se elas são consistentes no longo prazo. 

Chade – Porque é que o sr. evita ir à Suécia (onde a Justiça o busca por acusações de assédio sexual) ? 

Assange – Porque eu seria extraditado aos EUA. 

Chade – Por qual motivo exatamente ? 

Assange – O EUA tem um procedimento contra minha pessoa e contra Wikileaks pelos últimos dois anos. O governo diz em seus próprios documentos internos que a investigação é de um tamanho e natureza “sem precedentes”, citando uma investigação “de todo o governo” americano. É algo sério e que envolve mais de uma dúzia de agências. 

Chade – Quais são os próximos passos para o Wikileaks ? O sr. anunciou que vai publicar cerca de um milhão de documentos em 2013. Algo sobre o Brasil? 

Assange – Sim. Publicaremos muito sobre o Brasil neste ano. Um material muito interessante.




Fontes:
http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2013/02/julian-assange-comunicacoes-da-america-latina-passam-pelos-eua.html?fb_action_ids=10200503030559180&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%2210200503030559180%22%3A360091910764789%7D&action_type_map=%7B%2210200503030559180%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D

http://blogs.estadao.com.br/jamil-chade/2013/02/02/entrevista-com-assange-e-bom-que-os-governos-tenham-medo-das-pessoas/



"Liberdade é a liberdade de dizer que dois mais  dois é igual a quatro." (Geroge Orwell)

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domingo, 17 de março de 2013

CASO NILCILENE MIGUEL DE LIMA: RESISTÊNCIA CONTRA MADEIREIROS E PISTOLEIROS EM LÁBREA NO AMAZONAS

ACONTECENDO NO BRASIL


Assista o vídeo de Nilcilene Miguel de Lima. Esta mulher é presidente de uma associação que representa 800 famílias de pequenos produtores em Lábrea, no estado do Amazonas. Sua casa foi incendiada e ela foi ameaçada, espancada e forçada a fugir de sua terra por ter se manifestado contra a exploração ilegal de madeira.

Faço uma apelo aos Direitos Humanos...Haja e proteja este ser humano!!! 

Faço um apelo à Justiça....Haja e prenda os fazendeiros (sem generalizar), grileiros e pistoleiros marginais!!!

Faço um apelo ao governo federal... Tome uma atitude e valorize os brasileiros de bem!!!



Mais informações:
http://anistia.org.br/direitos-humanos/blog/nilcilene-miguel-de-lima-apelo-mundial-da-anistia-internacional-2012-08-21

http://www.apublica.org/2012/05/escolta-e-retirada-lider-amazonas-tem-deixar-sua-comunidade/

quarta-feira, 13 de março de 2013

MALI: O NEOCOLONIALISMO DAS CORPORAÇÕES

ACONTECENDO NO MUNDO


Na sessão do Parlamento do dia 22/01/2013, o parlamentar belga Laurrent Louis denuncia e critica as maquiavélicas estratégias de corporações interessadas em saquear os recursos naturais do Mali. 

Para maquiar o roubo as corporações em conjunto com o governo da França, justificam que o objetivo é combater terroristas naquele país africano. Desta forma, o Mali tem a sua democracia destruída, uma vez que perde a sua soberania ao sofrer esta ação neocolonialista.

Assista abaixo o brilhante discurso do parlamentar Laurrent Louis, criticando o apoio da Bélgica ao governo francês.



Saiba mais:
http://humbertocapellari.wordpress.com/2013/02/20/a-recolonizacao-da-africa-condenacao-da-guerra-em-mali-e-denuncia-de-conspiracao-neo-colonial-ocidental/

domingo, 10 de março de 2013

DIREITO DE RESPOSTA DO BRIZOLA: O DIA QUE CAIU A MÁSCARA DA REDE GLOBO

MEMÓRIA ENTRELINHAS

O vídeo abaixo exibe o dia em que a Rede Globo foi obrigada legalmente em afirmar que é uma mídia manipuladora.

O texto redigido por Leonel Brizola e lido por Cid Moreira no Jornal Nacional, ao vivo em 1996, foi um direito de resposta conquistado por Brizola.

Acredito que todos queriam ter assistido  essa edição do JN.





sábado, 9 de março de 2013

TEXTO: O ESTRANHO

O ESTRANHO 


(Autor desconhecido) 

Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família. O estranho aceitou e desde então tem estado conosco. 

Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial. Meus pais eram instrutores complementares: minha mãe ensinou-me o que era bom e o que era mau e meu pai ensinou-me a obedecer. Mas o estranho era nosso narrador. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias, mostrando imagens de suas narrativas. 

Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e me fazia chorar. 

O estranho nunca parava de falar e mostrar figuras, mas o meu pai não se importava. Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha a dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranquilidade. (Agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que o estranho fosse embora.) Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia obrigado a honrá-las. 

As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa… Nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. Entretanto, nosso visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos, fazia meu pai retorcer-se e minha mãe ruborizar-se. Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas o estranho nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente. Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos. Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos. 

Agora sei que meus conceitos sobre relações sociais e também sobre o mundo foram fortemente influenciados durante minha infância e adolescência pelo estranho. Repetidas vezes ele foi criticado, mas ele nunca fez caso aos valores de meus pais; mesmo assim, permaneceu em nosso lar. Passaram-se mais de cinquenta anos desde que o estranho veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era ao principio. Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda o encontraria sentado em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia... 

Seu nome? Nós o chamamos Televisor... 

Nota: Agora o estranho tem uma esposa que se chama Computer, um filho que se chama Video Game, outro que se chama Celular e uma filha chamada Internet; todos penetraram em nossa casa, completaram a desagregação de nossa família, e o Celular anda até em nosso bolso, levando consigo a Internet. Por causa de todos eles hoje sou um alienado, um desajustado e, horror dos horrores, um viciado.

Colaborou: Paulo Rocha (em 16/1/12); pequenas alterações e adições de V.W. Setzer.






Fonte:
http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/jokes/o-estranho.htm



"A televisão me deixou burro, muito burro demais.....agora todas as coisas que eu penso me parecem iguais.....e agora eu vivo dentro dessa jaula, junto com os animais..." (Titãs -  Televisão)




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domingo, 3 de março de 2013

EUGENIA, A PSEUDOCIÊNCIA: SUA INFLUÊNCIA NA SOCIEDADE HUMANA DESDE O FINAL DO SÉCULO XIX AOS DIAS ATUAIS - PARTE II

Eugenia nos EUA 




Michele, mulher pobre e negra, é encaminhada por uma equipe médica até uma clínica de esterilização forçada. No local, Michele, perde o direito de gerar filhos e nunca poderá ser mãe.

O trecho com o personagem acima é fictício, porém, a ação de esterilização forçada foi uma realidade.

No início do século XX os métodos eugenistas foram colocados em prática legalmente e ilegalmente nos EUA.

O pensamento da elite social estadunidense era que certos grupos da sociedade não tinham o direito de gerar filhos, pois caso procriassem, os mesmos transmitiriam as características hereditárias defeituosas para seus descendentes. Logo, as gerações seguintes se transformariam num peso para a sociedade, e esta se degradaria.

Nesse sentido, os eugenistas aplicavam métodos de eugenia negativa tais como: segregação do incapaz, deportação dos imigrantes indesejados, castração de criminosos e deficientes mentais, esterilização compulsória, proibição de casamentos e eutanásia (passiva). O extermínio não foi aplicado, porém, muitos eugenistas defenderam o a utilização de câmaras de gás.

Foram identificados dez grupos de "incapazes sociais":

1º- Deficientes mentais
2º- Classe indigente
3º- Alcoólatras
4º- Criminosos
5º- Epilépticos
6º- Insanos
7º- Constitucionalmente frágil
8º- Predispostos à doenças específicas
9º- Fisicamente deformados
10º- Com defeitos em órgãos dos sentidos (cegos, surdos e mudos)

Vários estados americanos legalizaram as aplicações eugenistas. Em 1924, a suprema corte americana abriu precedentes para a esterilização coercitiva. Num geral, cerca de 70.000 estadunidenses foram eugenicamente esterilizados nas cinco primeiras décadas do século XX. Além disso, com base nas leis eugenistas, dezenas de milhares de estadunidenses foram internados e também proibidos de casar.

O filme Tomorrow's Children (1934), retrata a sociedade estadunidense no início do século XX em relação as práticas eugenistas.

Sinopse:

Uma jovem mulher deseja se casar com seu namorado e criar uma família, mas por causa de sua própria família foi considerado "defeituoso" pelas autoridades de saúde estaduais - seus pais são alcoólatras preguiçosos que continuam a ter filhos, e seus irmãos (irmãos aqui) são aleijado, tem problemas mentais ou estão presos - ela é ordenado por um tribunal se submeter à esterilização para que sua família "genes defeituosos" não vai ser passada para mais filhos. Seu namorado e um padre gentilmente procura desesperadamente uma maneira de parar a esterilização forçada, antes que seja tarde demais.







Em breve haverá novas publicações sobre esta maquiavélica pseudociência, a eugenia.


Fontes:
Pedrosa, Paulo Sérgio R. - "Eugenia: o pesadelo genético do Século XX. Parte I: o início" MONTFORT Associação Cultural http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=ciencia&artigo=eugenia1

IMDb. http://www.imdb.com/title/tt0220107/plotsummary?ref_=tt_ov_pl

Edwin Black. A Guerra contra os fracos.




"Se eu fosse reencarnar eu gostaria de voltar à Terra na forma de um vírus mortal para diminuir os níveis da população humana." (Príncipe Philip, duque de Edimburgo)

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