sábado, 17 de março de 2012

FILME: A CORPORAÇÃO



FILMES ENTRELINHAS



 


Amigos,

O filme escolhido para esta semana é  "A Corporação". Por acaso vocês conhecem....ou pelo menos ouviram rumores sobre este documentário?...

A Corporação é um excelente filme por promover uma crítica bem construída em torno do poder das corporações que sutilmente influencia no comportamento da sociedade, onde esta se torna alienada e facilmente manipulável.

O documentário canadense produzido no ano de 2002, mostra as estratégias das empresas para conseguir lucrar com seus produtos a partir da mudança de comportamento das pessoas. Pesquisas para saber se os filhos estão pressionando os seus pais para comprar brinquedos e a criação de um novo refrigerante (Fanta) produzido pela Coca-Cola para fornecer aos nazistas, uma vez que estes não beberiam o refrigerante americano, são algumas das estratégias das corporações comentadas no vídeo.

Ao se apresentarem com mais força que o poder político, as grandes corporações conseguem direitos como se fossem pessoas físicas, mas procuram não cumprir com os deveres. Por que será?....Este filme também traz interessantes entrevistas sob distintos pontos de vista dos entrevistados.

Não percam esse documentário!! Bom filme! Depois de assistirem não esqueçam de expor suas opiniões aqui  no blog.



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segunda-feira, 12 de março de 2012

A VERDADE SOBRE O CASO PINHEIRINHOS


NOTÍCIAS ENTRELINHAS                     







Reportagem revela uma história escabrosa
Por Luciano Martins Costa em 13/02/2012
Comentário para o programa radifônico do OI, 13/2/2012

A revista CartaCapital desta semana mata a charada do Pinheirinho e cria um desafio do qual os grandes diários de circulação nacional não podem escapar, sob pena de lançarem mais uma pá de terra sobre o jornalismo brasileiro.
CartaCapital fez apenas o óbvio: foi investigar a verdadeira história do terreno, na cidade de São José dos Campos, cuja desocupação, autorizada pela Justiça, produziu cenas de violência contra cerca de 1.500 famílias sem moradia legal.
A conclusão é simples: a omissão das autoridades, a decisão judicial e a operação policial compõem um conjunto no qual o Estado se coloca a serviço do notório especulador Naji Robert Nahas, contra os direitos mais fundamentais de milhares de brasileiros.
Tese da legalidade
Na madrugada de 22 de janeiro, um domingo, ou seja, há menos de um mês, a Polícia Militar irrompeu no terreno ocupado irregularmente e retirou os moradores de suas casas, tangendo-os para fora do perímetro da propriedade. Em seguida, máquinas contratadas pelos administradores da massa falida da indústria de café Selecta, suposta proprietária, arrasaram as casas, destruindo móveis, utensílios domésticos, documentos e recordações daquela gente.
Houve muita controvérsia, movida essencialmente por cidadãos indignados através das redes sociais. Na chamada grande imprensa, um silêncio apenas quebrado aqui e ali por manifestações esporádicas de articulistas. Num desses artigos, publicado numa quarta-feira, 1/2, na Folha de S.Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) procurou defender o governo paulista batucando na tese da legalidade da ação policial.
Em outra manifestação, publicada em 6/2, a secretária de Justiça Eloisa de Souza Arruda também defendeu a desocupação, em entrevista ao Estado de S.Paulo, dizendo, entre outras coisas, que as autoridades apenas cumpriram a lei e que os ocupantes do Pinheirinho “sabiam que estavam em propriedade alheia” e nunca pagaram os impostos. (No caso, o “alheio” se refere ao suposto proprietário, o especulador Naji Nahas e ou seus credores.) Declarou também que “por trás da massa falida (de Naji Nahas) tem funcionários de empresas que esperam há anos seus débitos trabalhistas”.
A imprensa tendeu a apoiar a tese da legalidade da ação policial, omitiu de seus leitores os abusos cometidos por PMs e seguranças particulares depois da desocupação e esqueceu o assunto.
A serviço de Nahas
Dizíamos, neste Observatório, na terça-feira (7/2, ver “Os direitos de uns e de outros”), que “um jornalismo decente iria comparar o caso Pinheirinho com a presteza da Justiça e a sanha policial na reintegração de posse de terrenos públicos, por exemplo. Uma pauta minimamente honesta iria buscar as diferenças de tratamento que a Justiça e a polícia dão, por exemplo, a casos como o de Pinheirinho e os das ricas propriedades de veraneio que ocupam terrenos da Marinha ou invadem trechos da Mata Atlântica em todo o litoral do país”.
Pois bem: CartaCapital acaba de demonstrar que a pressa da Justiça em mandar devolver o terreno à massa falida da Selecta tem muitos aspectos suspeitos. Os repórteres da revista realizaram o trabalho que o resto da imprensa brasileira não soube ou não quis fazer: foram examinar a história do terreno que é reclamado por Nahas e descobriram fortes indícios de que a Justiça foi vítima ou cúmplice de um típico “cambalacho”.
Além das velhas suspeitas de grilagem, diz o texto, sobram provas de que o especulador tentou de muitas formas burlar o pagamento de impostos e nunca usou o terreno para outra coisa além de apresentá-lo como garantia para a obtenção de empréstimos bancários.
Nahas se celebrizou por montar uma pirâmide financeira que levou à bancarrota a extinta Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em 1989, e voltou ao noticiário policial em 2008, ao ser preso na chamada Operação Satiagraha.
A reportagem faz o histórico do terreno de 1,3 milhão de metros quadrados, conhecido anteriormente como Campo dos Alemães, que abrigava a comunidade do Pinheirinho. Deveria ter se transformado em propriedade do Estado, mas foi parar nas mãos de Naji Nahas em 1981, ainda em contrato precário.CartaCapital demonstra claramente que todos os movimentos de Nahas na Justiça se deram no sentido de impedir a venda do terreno em leilão público.
A retirada dos moradores pobres deve valorizar ainda mais o imóvel, que, segundo demonstra a reportagem, não precisava entrar na conta dos débitos da Selecta para que fossem pagos os direitos trabalhistas apontados como justificativa para a reintegração de posse. De mesma forma, não havia outro motivo para tanta pressa na desocupação do imóvel – a não ser como forma de atender ao desejo de lucro do especulador.
Demonstrado pela revista que o único beneficiário da decisão judicial e da ação da Polícia Militar foi Naji Nahas, aguarda-se algum interesse dos jornais em terminar de contar essa história escabrosa.
Fonte: Observatório da Imprensa
















sexta-feira, 9 de março de 2012

OCUPAÇÃO 101: A VOZ DA MAIORIA SILENCIADA


 FILMES ENTRELINHAS




Este excelente documentário mostra a realidade do conflito entre palestinos e israelenses. Trata-se de um dos documentários mais baixados no planeta. Pelo fato de ser muito esclarecedor, você enxergará o conflito israelense com uma nova lente.

Com cenas impactantes e relatos emocionantes, o filme nos faz refletir, questionar e perguntar: POR QUE A TV E OS JORNAIS NÃO DIVULGARAM?....ou.....POR QUE NÃO PERCEBI ISTO?

Caso você acredite que o conflito do estado de Israel não tenha mais solução, pois sempre houve desentendimentos entre judeus e palestinos e que o problema é até mesmo “cultural”, você pode ter certeza de uma coisa....com certeza não conhece o que ocorre nesse planeta.

Aliás, logo no início do documentário aparece a frase:
“ O MAIOR INIMIGO DO CONHECIMENTO NÃO É A IGNORÂNCIA....É  A ILUSÃO DO CONHECIMENTO.”     (Stephen Hawking)







Como o documentário acima com legendas em português foi censurado, estou postando ele novamente, mas em partes para que vocês possam assistir.













domingo, 4 de março de 2012

ACTA!! O QUE É ISSO?


PARE O ACTA!!!! CONTRA A CENSURA NA INTERNET!!




 



PROTESTOS CONTRA O ACTA NA EUROPA:

 


 


 

Enquanto continuamos dormindo em berço esplêndido, os europeus estão protestando nas ruas contra o ACTA.

Acredito que o "mínimo" que podemos fazer é assinar a petição contra o ACTA!! Participem!
Forte abraço 
Assine a petição abaixo

INTERNET: O FIM DA PRIVACIDADE?


O fim da privacidade
Por Carlos Eduardo Lins da Silva em 31/01/2012

Uma das transformações radicais que a internet e seus subprodutos têm operado na maneira como as pessoas vivem e se relacionam se refere a um valor cultural que se estabeleceu por pelo menos dois séculos na maior parte das sociedades do mundo ocidental: o direito à privacidade.
As empresas que exploram o ciberespaço obtêm vantagens para ampliar seu faturamento em relação diretamente proporcional à sua capacidade de invadir a privacidade do maior número possível de pessoas, de modo a poder conhecer seus hábitos e lhes oferecer produtos.
Aliás, é curioso como o ambiente da internet continua sendo enxergado por milhões como o reino da liberdade, da quase anarquia, onde tudo parece ser de graça, em contraposição ao universo da cobiça, do lucro a todo custo que é a imagem dominante da chamada “velha mídia”.
A revelação do estilo de vida dos proprietários do website Megaupload, que permite que se baixem músicas, filmes e outros conteúdos sem pagar direito autoral, após sua prisão na Nova Zelândia há alguns dias, mostra que essa gente supostamente libertária sabe fazer dinheiro com grande competência, e eles nem estão entre os maiores magnatas desse mundo.

Garantia constitucional

Grande parte das pessoas nascidas a partir de generalização da internet – e em especial das mídias sociais – parece não dar a menor importância para a sua própria privacidade e está disposta a abrir mão dela por quase qualquer coisa: acesso a filmes ou músicas, cupons de ofertas, recomendações de produtos em geral ou mesmo a simples possibilidade de fazer novos contatos pessoais na rede.
Facebook e similares conseguiram conjugar exibicionismo e voyeurismo com tanta competência que milhões de adolescentes não demonstram mínima inibição ao expor a conhecidos superficiais, ou até a estranhos, intimidades em palavras e imagens sem medir consequências potencialmente nefastas para o seu futuro profissional, doméstico ou amoroso.
Esta naturalidade com que a exposição de intimidade é encarada sem dúvida recebe considerável reforço também de veículos de comunicação tradicionais, como as emissoras de TV que transmitem reality shows, uma versão turbinada do que se pratica nas redes sociais.
Quem abre mão de sua privacidade parece não entender que além das empresas que fazem dinheiro com as informações sobre si tornadas públicas, outras entidades – inclusive do Estado – podem ter acesso a elas por meio de várias formas de tecnologia.
Na semana passada, por exemplo, a Suprema Corte dos EUA decidiu que quando a polícia coloca um aparelho de GPS no carro de um suspeito para acompanhar seus movimentos, ela está infringindo o direito à privacidade, que naquele país é garantido pela Constituição, em sua emenda número 4.

Outra sociedade

O fim da privacidade – que se verifica diariamente nas mais diversas formas, como, por exemplo, na disseminação cada vez maior de câmeras de segurança em infindáveis locais públicos – é muitas vezes justificado como um preço a pagar pelo aumento da segurança pública.
Como já muita gente não dá a menor bola mesmo para a preservação da sua própria intimidade, mesmo quando a sua segurança não está em risco, é difícil que haja uma reação social significativa contra a audácia cada vez mais ousada de aparelhos do Estado para invadir a privacidade de cidadãos.
Não é possível prever que tipo de sociedade emergirá quando a maioria de seus integrantes for formada por esses que ainda são jovens e que decidiram que a privacidade não é um valor digno de ser preservado. Mas ela certamente será muito diversa daquela que existe agora.

[Carlos Eduardo Lins da Silva é jornalista]

Fonte: Observatório da Imprensa