O filme escolhido para esta semana é "A Corporação". Por acaso vocês conhecem....ou pelo menos ouviram rumores sobre este documentário?...
A Corporação é um excelente filme por promover uma crítica bem construída em torno do poder das corporações que sutilmente influencia no comportamento da sociedade, onde esta se torna alienada e facilmente manipulável.
O documentário canadense produzido no ano de 2002, mostra as estratégias das empresas para conseguir lucrar com seus produtos a partir da mudança de comportamento das pessoas. Pesquisas para saber se os filhos estão pressionando os seus pais para comprar brinquedos e a criação de um novo refrigerante (Fanta) produzido pela Coca-Cola para fornecer aos nazistas, uma vez que estes não beberiam o refrigerante americano, são algumas das estratégias das corporações comentadas no vídeo.
Ao se apresentarem com mais força que o poder político, as grandes corporações conseguem direitos como se fossem pessoas físicas, mas procuram não cumprir com os deveres. Por que será?....Este filme também traz interessantes entrevistas sob distintos pontos de vista dos entrevistados.
Não percam esse documentário!! Bom filme! Depois de assistirem não esqueçam de expor suas opiniões aqui no blog.
Comentário para o programa radifônico do OI, 13/2/2012
A revista CartaCapital desta
semana mata a charada do Pinheirinho e cria um desafio do qual os grandes
diários de circulação nacional não podem escapar, sob pena de lançarem mais uma
pá de terra sobre o jornalismo brasileiro.
CartaCapital fez apenas o óbvio: foi investigar a verdadeira história do
terreno, na cidade de São José dos Campos, cuja desocupação, autorizada pela
Justiça, produziu cenas de violência contra cerca de 1.500 famílias sem moradia
legal.
A conclusão é simples: a omissão das
autoridades, a decisão judicial e a operação policial compõem um conjunto no
qual o Estado se coloca a serviço do notório especulador Naji Robert Nahas,
contra os direitos mais fundamentais de milhares de brasileiros.
Tese da legalidade
Na madrugada de 22 de janeiro, um
domingo, ou seja, há menos de um mês, a Polícia Militar irrompeu no terreno
ocupado irregularmente e retirou os moradores de suas casas, tangendo-os para
fora do perímetro da propriedade. Em seguida, máquinas contratadas pelos
administradores da massa falida da indústria de café Selecta, suposta
proprietária, arrasaram as casas, destruindo móveis, utensílios domésticos,
documentos e recordações daquela gente.
Houve muita controvérsia, movida
essencialmente por cidadãos indignados através das redes sociais. Na chamada
grande imprensa, um silêncio apenas quebrado aqui e ali por manifestações
esporádicas de articulistas. Num desses artigos, publicado numa quarta-feira,
1/2, na Folha de S.Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
procurou defender o governo paulista batucando na tese da legalidade da ação
policial.
Em outra manifestação, publicada em
6/2, a secretária de Justiça Eloisa de Souza Arruda também defendeu a
desocupação, em entrevista ao Estado de S.Paulo, dizendo, entre
outras coisas, que as autoridades apenas cumpriram a lei e que os ocupantes do
Pinheirinho “sabiam que estavam em propriedade alheia” e nunca pagaram os
impostos. (No caso, o “alheio” se refere ao suposto proprietário, o especulador
Naji Nahas e ou seus credores.) Declarou também que “por trás da massa falida
(de Naji Nahas) tem funcionários de empresas que esperam há anos seus débitos
trabalhistas”.
A imprensa tendeu a apoiar a tese da
legalidade da ação policial, omitiu de seus leitores os abusos cometidos por
PMs e seguranças particulares depois da desocupação e esqueceu o assunto.
A serviço de Nahas
Dizíamos, neste Observatório,
na terça-feira (7/2, ver “Os direitos de uns e de outros”), que “um
jornalismo decente iria comparar o caso Pinheirinho com a presteza da Justiça e
a sanha policial na reintegração de posse de terrenos públicos, por exemplo.
Uma pauta minimamente honesta iria buscar as diferenças de tratamento que a
Justiça e a polícia dão, por exemplo, a casos como o de Pinheirinho e os das
ricas propriedades de veraneio que ocupam terrenos da Marinha ou invadem
trechos da Mata Atlântica em todo o litoral do país”.
Pois bem: CartaCapital acaba
de demonstrar que a pressa da Justiça em mandar devolver o terreno à massa
falida da Selecta tem muitos aspectos suspeitos. Os repórteres da revista
realizaram o trabalho que o resto da imprensa brasileira não soube ou não quis
fazer: foram examinar a história do terreno que é reclamado por Nahas e
descobriram fortes indícios de que a Justiça foi vítima ou cúmplice de um
típico “cambalacho”.
Além das velhas suspeitas de
grilagem, diz o texto, sobram provas de que o especulador tentou de muitas
formas burlar o pagamento de impostos e nunca usou o terreno para outra coisa
além de apresentá-lo como garantia para a obtenção de empréstimos bancários.
Nahas se celebrizou por montar uma
pirâmide financeira que levou à bancarrota a extinta Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro, em 1989, e voltou ao noticiário policial em 2008, ao ser preso na
chamada Operação Satiagraha.
A reportagem faz o histórico do
terreno de 1,3 milhão de metros quadrados, conhecido anteriormente como Campo
dos Alemães, que abrigava a comunidade do Pinheirinho. Deveria ter se transformado
em propriedade do Estado, mas foi parar nas mãos de Naji Nahas em 1981, ainda
em contrato precário.CartaCapital demonstra claramente que todos os
movimentos de Nahas na Justiça se deram no sentido de impedir a venda do
terreno em leilão público.
A retirada dos moradores pobres deve
valorizar ainda mais o imóvel, que, segundo demonstra a reportagem, não
precisava entrar na conta dos débitos da Selecta para que fossem pagos os
direitos trabalhistas apontados como justificativa para a reintegração de posse.
De mesma forma, não havia outro motivo para tanta pressa na desocupação do
imóvel – a não ser como forma de atender ao desejo de lucro do especulador.
Demonstrado pela revista que o único
beneficiário da decisão judicial e da ação da Polícia Militar foi Naji Nahas,
aguarda-se algum interesse dos jornais em terminar de contar essa história
escabrosa.
Este excelente
documentário mostra a realidade do conflito entre palestinos e israelenses. Trata-se
de um dos documentários mais baixados no planeta. Pelo fato de ser muito
esclarecedor, você enxergará o conflito israelense com uma nova lente.
Com cenas impactantes e
relatos emocionantes, o filme nos faz refletir, questionar e perguntar: POR QUE
A TV E OS JORNAIS NÃO DIVULGARAM?....ou.....POR QUE NÃO PERCEBI ISTO?
Caso você acredite que o
conflito do estado de Israel não tenha mais solução, pois sempre houve
desentendimentos entre judeus e palestinos e que o problema é até mesmo “cultural”,
você pode ter certeza de uma coisa....com certeza não conhece o que ocorre nesse
planeta.
Aliás, logo no início
do documentário aparece a frase:
“ O MAIOR INIMIGO DO
CONHECIMENTO NÃO É A IGNORÂNCIA....É A
ILUSÃO DO CONHECIMENTO.” (Stephen
Hawking)
Como o documentário acima com legendas em português foi censurado, estou postando ele novamente, mas em partes para que vocês possam assistir.
Uma das transformações radicais que a internet e seus subprodutos têm operado
na maneira como as pessoas vivem e se relacionam se refere a um valor cultural
que se estabeleceu por pelo menos dois séculos na maior parte das sociedades do
mundo ocidental: o direito à privacidade.
As empresas que exploram o ciberespaço obtêm vantagens para ampliar seu
faturamento em relação diretamente proporcional à sua capacidade de invadir a
privacidade do maior número possível de pessoas, de modo a poder conhecer seus
hábitos e lhes oferecer produtos.
Aliás, é curioso como o ambiente da internet continua sendo enxergado
por milhões como o reino da liberdade, da quase anarquia, onde tudo parece ser
de graça, em contraposição ao universo da cobiça, do lucro a todo custo que é a
imagem dominante da chamada “velha mídia”.
A revelação do estilo de vida dos proprietários do website Megaupload,
que permite que se baixem músicas, filmes e outros conteúdos sem pagar direito
autoral, após sua prisão na Nova Zelândia há alguns dias, mostra que essa gente
supostamente libertária sabe fazer dinheiro com grande competência, e eles nem
estão entre os maiores magnatas desse mundo.
Garantia constitucional
Grande parte das pessoas nascidas a partir de generalização da internet
– e em especial das mídias sociais – parece não dar a menor importância para a
sua própria privacidade e está disposta a abrir mão dela por quase qualquer
coisa: acesso a filmes ou músicas, cupons de ofertas, recomendações de produtos
em geral ou mesmo a simples possibilidade de fazer novos contatos pessoais na
rede.
Facebook e similares conseguiram conjugar exibicionismo e voyeurismo com
tanta competência que milhões de adolescentes não demonstram mínima inibição ao
expor a conhecidos superficiais, ou até a estranhos, intimidades em palavras e
imagens sem medir consequências potencialmente nefastas para o seu futuro
profissional, doméstico ou amoroso.
Esta naturalidade com que a exposição de intimidade é encarada sem
dúvida recebe considerável reforço também de veículos de comunicação
tradicionais, como as emissoras de TV que transmitem reality shows,
uma versão turbinada do que se pratica nas redes sociais.
Quem abre mão de sua privacidade parece não entender que além das
empresas que fazem dinheiro com as informações sobre si tornadas públicas,
outras entidades – inclusive do Estado – podem ter acesso a elas por meio de
várias formas de tecnologia.
Na semana passada, por exemplo, a Suprema Corte dos EUA decidiu que
quando a polícia coloca um aparelho de GPS no carro de um suspeito para
acompanhar seus movimentos, ela está infringindo o direito à privacidade, que
naquele país é garantido pela Constituição, em sua emenda número 4.
Outra sociedade
O fim da privacidade – que se verifica diariamente nas mais diversas
formas, como, por exemplo, na disseminação cada vez maior de câmeras de
segurança em infindáveis locais públicos – é muitas vezes justificado como um
preço a pagar pelo aumento da segurança pública.
Como já muita gente não dá a menor bola mesmo para a preservação da sua
própria intimidade, mesmo quando a sua segurança não está em risco, é difícil
que haja uma reação social significativa contra a audácia cada vez mais ousada
de aparelhos do Estado para invadir a privacidade de cidadãos.
Não é possível prever que tipo de sociedade emergirá quando a maioria de
seus integrantes for formada por esses que ainda são jovens e que decidiram que
a privacidade não é um valor digno de ser preservado. Mas ela certamente será
muito diversa daquela que existe agora.